Reabertura da maternidade da Casa de Saúde acaba com superlotação no Husm

Fotos: Lucas Amorelli (Diário)
Denize Therezinha Leôncio, 43 anos, está na 38ª semana de gestação e sendo atendida em um ambiente bem mais tranquilo no Husm

A mesma equipe, mas um cenário diferente. Corredores sem macas e profissionais trabalhando com mais tranquilidade, sem superlotação. Desde que a maternidade do hospital Casa de Saúde reabriu, há cerca de uma semana, o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) opera de forma mais organizada e com maior qualidade no atendimento à gestantes com gravidez de alto risco. Por outro lado, na Casa de Saúde, um serviço importante voltou a ser realizado por uma equipe que está unida pela continuidade da realização dos partos.

Conforme a chefe da Unidade de Atenção à Saúde da Mulher o Husm, Berenice Rodrigues, agora a equipe está conseguindo se reorganizar para trabalhar com mais qualidade e atenção com as pacientes de Santa Maria e dos 45 municípios da região que buscam atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

_ Foi bem desgastante, muitas pessoas ficaram doentes e se desgastaram, quem ficou e conseguiu levar, é porque realmente trabalhou muito, com muita dedicação e comprometimento. Espera-se que as coisas se estabilizem e a gente tenha a Casa de Saúde sempre aberta. Agora a gente se sente mais tranquila e a equipe se sente mais organizada, conseguimos pensar melhor e ter mais cuidado, dar mais atenção à paciente _ ponderou a enfermeira.

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Além disso, a Berenice recorda que o corredor foi usado para acomodar gestante em macas e cadeiras de rodas. Os boxes de consultas era usados como salas de partos por falta de espaço. O centro Obstétrico do Husm tem capacidade para 10 leitos, e a superlotação atingiu o ápice quando foram registradas 31 gestantes em um pequeno espaço.

_ Agora a gente tem um fluxo adequado para quando chega uma urgência, porque nós não tínhamos como passar, tinha que passar correndo com o paciente pelo meio de macas e cadeiras. Sem contar que conseguimos avaliar de forma mais adequada as gestantes, realizar a classificação de risco, a acolher cada uma elas com mais atenção _ explicou Berenice.

Situação que a faxineira Denize Terezinha Leôncio, 43 anos, notou depois de ser internada ontem de manhã. Ela conta por ter pressão alta a gravidez foi de risco e como o Husm é referência para partos de alta complexidade, fez todo o acompanhamento do pré-natal no complexo. Grávida de 38 semanas do Luiz Gustavo, ela aguardava ao lado da irmã a chegada do quarto filho.

_ Enquanto a materindade da Casa de Saúde estava fechada, eu vim algumas vezes consultar aqui e presenciei a superlotação, tinha muita gente. Isso me deixou preocupada, agora estou feliz que lá reabriu e com isso aqui está bem mais tranquilo, to mais calma para ganhar o bebê, sei que vou dar a luz na sala de parto e não no leito ou no box de consulta _ comemorou Denize que não escondia a alegria no olhar.

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UMA SEMANA DEPOIS
Desde que reabriu a maternidade da Casa de Saúde trabalha na realização de partos de baixo risco. O local atende gestantes de Santa Maria e dos 32 município da região. Já foram realizados 22 partos e mais de 100 avaliações. De acordo com o administrador do hospital, Rogério Carvalho, o balanço neste período é positivo, principalmente para as gestantes, o serviço já era um caminho natural das pacientes.

_ Está tudo dentro da normalidade que a gente esperava, estávamos esmerando junto com a equipe, não é fácil, é um serviço que depende muito da equipe e a expectativa realmente era essa, de reabrir e mostrar quanto o serviço é importante e indispensável e é isso que está comprovado, estão todos engajados _ afirma Rogério.

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